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Ensaios-->O tal telefonema... -- 30/09/2001 - 15:46 (Marcela) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com seus pesadelos eu me alimento. Com sua tristeza eu me alegro. E com seu desgosto de tudo, querido, eu estou vivendo.

Dizem que quando um não quer, dois não fazem. Mas comigo isso não acontece. Certa vez eu estava no meu escritório, concentrada no meu trabalho, quando recebi um telefonema esquisito de alguém estranho.
O telefone havia tocado de uma maneira diferente naquela tarde. Quando o atendi, a pessoa do outro lado apenas disse: “Cuidado com seu reflexo no espelho”. Perguntei assustada quem era, sobre o quê estava falando, mas apenas repetiu a frase e desligou. De principio fiquei preocupada, me olhei no espelho, o que tem de errado no meu reflexo? Não tinha nada de diferente.
Quando em casa cheguei, o meu filho de seis anos vinha correndo me abraçar, como todos os dias, mas parou no meio do caminho, me olhou por um instante, falou que eu estava diferente e se trancou no quarto dele.
“Diferente como?” Pensei. Me olhei no espelho, e que susto levei. Eu estava muito pálida, com a área dos olhos roxa e os meus olhos, que antes eram azuis safiras, agora estavam num tom assustador, sem brilho, de vermelho alaranjado.
“Cuidado com o seu reflexo no espelho”, na hora lembrei, será isso que aquela pessoa estava falando. Troquei de roupa e fui correndo ao hospital mais próximo. Quando eu cheguei ao hospital, que ficava a menos de três minutos a pé de minha casa, o meu rosto já estava normal. Mas contei o que havia no meu rosto e fiz um monte de exames, que não constataram nada de diferente.
Anos depois, eu já havia até esquecido desse incidente, quando sonhei que eu havia viajado para visitar a minha irmã gêmea que não via a muito tempo, e a encontrei daquele jeito, mas estava não por causa do telefonema e sim porque ela morreu inexplicavelmente após se olhar no espelho.
Nessa mesmo noite ela morreu do mesmo jeito que o meu sonho, e ao fim do dia enterrada. Alguns dias depois, recebi uma carta, que minha irmã escreveu no dia em que morreu, explicando o motivo de sua morte, motivo que ninguém nem desconfiara.
Para meu espanto, o motivo era que o namorado dela terminou o namoro deixando apenas um recado na secretária eletrônica, e que ele havia feito um feitiço contra ela, e para que ele não acontecesse, ela não poderia mais se olhar no espelho, mas acabou se olhando.
Estava agora explicado o estranho telefonema que recebi. Sabia que conhecia aquela voz de algum lugar.
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